A 16.ª Edição do Concurso Nacional
de Leitura (CNL) decorre entre o dia 12 de outubro de 2022, data oficial de abertura,
e o dia 3 de junho de 2023, dia da grande final. Cabe ao Plano Nacional de
Leitura (PNL2027) e aos seus parceiros na iniciativa o desenvolvimento do CNL,
ao longo de três fases consecutivas: • Fase Escolar/Municipal, • Fase
Intermunicipal, • Fase Nacional.
Com o propósito de dar a esta
celebração da leitura e da escrita um caráter mais universal e significativo, o
PNL2027 articula-se com: a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE); a Direção-Geral
do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB); o Camões - Instituto da
Cooperação e da Língua (Camões, IP); a Direção-Geral de Administração
Escolar/Direção de Serviços de Ensino e das Escolas Portuguesas no Estrangeiro
(DGAE/DSEEPE); e a Rádio Televisão Portuguesa (RTP), responsável pela cobertura
televisiva do evento.
A Biblioteca Municipal e as Bibliotecas
Escolares do Agrupamento de Escolas de Almeida continuam em sintonia com o
objetivo principal do Concurso Nacional de Leitura que é estimular o gosto e o
prazer da leitura, com vista a melhorar o domínio da língua portuguesa, a
compreensão leitora e os hábitos de leitura. Porque o sucesso educativo dos
alunos do concelho de Almeida é e será sempre a nossa prioridade, queremos dar o
nosso contributo, continuando a caminhar sem deixar de acreditar que estamos no
caminho certo, ainda que estejamos conscientes das dificuldades que diariamente
temos que ultrapassar.
Terminamos citando a Doutora Teresa Calçada, no seu texto “Tem a palavra…” (in blog da RBE, em linha: https://blogue.rbe.mec.pt/tem-a-palavra-teresa-calcada-2652970):
“Que a ambição não nos falte e a
exigência profissional e moral seja permanente. Toda a sociedade civil tem
responsabilidades para com as bibliotecas enquanto espaços de liberdade,
igualdade e saber.
As bibliotecas escolares estão no
meu coração e têm de mim um carinho, um respeito e uma confiança muito
especiais. Porque vejo nelas uma oportunidade infinita para os que frequentam a
escola, desde muito cedo nas suas vidas, de os levar a ter interesse pelas
coisas, a desenvolver capacidades e competências, apetências também, a procurar
largueza de ideias, gostos e interesses, a cultivar a palavra, a literatura, as
artes e as ciências, a respeitar a história e a reconhecer os preconceitos que
formatam e limitam as pessoas, a conhecer o eu e os outros, a preservar a
memória para melhor escolher o futuro, a valorizar o conhecimento.
Não menos importante, a biblioteca
escolar ensina a adquirir hábitos de leitura e escrita, de estudo, e métodos de
trabalho manuais e intelectuais. A trabalhar em equipa, em rede, a gerir
projectos e a compreender o valor das atitudes e das ações. Proporciona
aprendizagens fundacionais e fundamentais, indispensáveis ao crescimento,
autonomia pessoal e responsabilidade social.
É verdade
que das bibliotecas escolares se espera tudo e nelas se ensina (quase) tudo!
As bibliotecas escolares são um
espaço de iniciação e espanto, promotor de equidade entre pares, um ambiente de
igualdade e inclusão, onde os profissionais fazem curadoria de conhecimentos e
cuidam dos que estão em formação e crescimento.
Mas, se por economia ou falta de
opção estratégica, não lhes forem criadas e dadas condições, aumentam
exponencialmente as dificuldades para desempenharem e cumprirem tão relevante
missão social, incontornável no desempenho e desenvolvimento pessoal e coletivo
de todos.
As políticas públicas de leitura
não podem, não devem, afrouxar o investimento, conscientes do pilar que estas
constituem para a educação e qualificação. Todos sabemos que as bibliotecas são
caras, mas também muitos sabemos quanto mais caro é não as ter!
Nunca podem ser vistas como
despesa, mas sim como o melhor dos investimentos.
O que vale para os alunos, vale
para educadores, para os professores e para as equipas que trabalham nas
escolas, de quem se espera que reconheçam nas bibliotecas escolares o melhor, o
mais útil, necessário e indispensável para que as escolas sejam o verdadeiro
portal cultural, onde todas as literacias contam.
Entre nós o motor de tamanha
empreitada são os professores bibliotecários, responsáveis pela sua gestão e
organização, de quem se espera formação, qualificação e permanente actualização
e, claro, muita dedicação. Natural é, assim, que lhes sejam proporcionadas,
quer pelas direções das escolas, quer pela tutela política, as melhores e mais
adequadas condições de trabalho. Sem tais condições fica decididamente
comprometido o sucesso deste valioso equipamento democrático por excelência,
que tanto pode ajudar a incrementar os resultados escolares, desde a pré-escola
ao fim da escolaridade obrigatória, passando pelo ensino profissional e de
adultos.
Comprometido está, o seu
desempenho, se igualmente falharem livros físicos e digitais, diversificados e
actualizados, recursos técnicos e tecnológicos em quantidade e qualidade, redes
digitais de informação e comunicação e meios humanos com reconhecida aptidão e
formação para as variadas actividades assacáveis às bibliotecas escolares.”
Inscrição das duas
escolas do AEA escolas no Concurso Nacional de Leitura: https://www.pnl2027.gov.pt/np4/file/3534/Escolas_Inscritas__CNL_2023.pdf
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