Não deixem de ler o artigo de opinião"Homenagear os livros" publicado no Jornal de Letras nº1087, de 30 de maio a 12 de junho, escrito por Luísa Lobão Moniz, já nas bibliotecas do nosso agrupamento.
Para abrir o apetite da leitura aqui fica um excerto:
"A biblioteca era uma sala tristonha, os livros dados pela Câmara Municipal, estavam fechados em armários de madeira escura, com portas de vidro. Lá dentro além dos livros, havia um pequeno dossier com as requisições, à espera de serem preenchidas, e outro dossier zelosamente organizado com o inventário dos livros.
Cuidado, que elas (crianças) vão partir os vidros , cuidado que se estragarem algum livro o professor terá que o repor. Era tanto o cuidado que o melhor era deixar ficar os livros a passarem o ano letivo sossegados e sempre novos dentro dos armários. [...] Nunca as escolas proporcionaram tantas atividades de promoção de leitura como agora, nunca tantas crianças e adolescentes frequentaram a biblioteca escolar como agora, nunca tantas crianças e adolescentes conviveram com escritores como agora."
"Muitas são as críticas ao ensino vigente: as crianças chegam ao pré-escolar sem regras,sem saberem o "básico", as crianças chegam ao 1º ciclo sem saberem as competências necessárias, as crianças chegam ao 2º ciclo sem saberem ler [...]Se calhar teríamos que reprovar as famílias, a falta de emprego, a falta de condições económicas e sociais de muitas, muitas famílias. E o que fazíamos com elas? E, então sim as crianças, os adolescentes sairiam das escolas a saber tudo. Mas não é assim e ponto final."
"A semana da leitura, criada pelo PNL, por Isabel Alçada e Teresa Calçada, é o exemplo vivo de que a literacia é muito mais do que alfabetização. As bibliotecas enchem-se de alunos, de professores, há leitura feita por alunos, escritores, contadores de histórias, de sessões sobre temas que preocupam os professores como o insucesso, a indisciplina... As escolas durante esta semana respiram trabalho partilhado, participação de todos, ou seja dos professores, dos alunos, dos pais, das assistentes operacionais, de convidados."
"Das bibliotecas tristonhas passou-se para bibliotecas vivas e dinâmicas, muitas vezes são as meninas dos olhos das escolas, são o orgulho partilhado por quem lá trabalha e a utiliza."
Moniz, Luísa Lobão - "Homenagear os livros". Jornal de Letras.nº1087, (de 30 de maio a 12 de junho de 2012)p. 6.
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